Um negócio de cifras milionárias e de empresários apaixonados. Assim pode ser definido o mercado de cavalos. Quem atua no ramo precisa ter a expertise de um conhecedor de obras de arte, além de critérios objetivos para avaliar se o animal poderá ser um campeão ou um reprodutor de destaque. Um bom negócio rende milhões. No Distrito Federal, há cerca de 500 haras, que, juntos, movimentam pelo menos R$ 8 milhões por ano. Um leilão apenas pode render R$ 800 mil. Animais premiados chegam a ser vendidos por mais de R$ 500 mil. Um caso emblemático é o de Favacho Estanho, um mangalarga marchador, que passou por um criador do DF e foi vendido para um haras mineiro por mais de R$ 700 mil.
Além de lucrativa, a cadeia garante oportunidades de trabalho. Em terras candangas, o setor emprega pelo menos 10 mil profissionais e há vagas para mais 500. Em todo o Brasil, o segmento movimenta, por ano, cerca de R$ 10 bilhões e oferta 640 mil vagas, o que o coloca à frente da indústria automobilística, que emprega 131,7 mil pessoas. A força do setor é notada em praticamente todas as unidades da Federação, onde o rebanho cresce e os valores dos animais e da cobertura (sêmen) aumentam em leilões e feirões.
As raças mais expressivas no DF, tanto em quantidade, quanto em volume de negócios, são a mangalarga marchador (MM) e a quarto de milha (QM). Em 2011, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrava 7,2 mil equinos no DF. Hoje, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador (ABCCMM), com 183 haras brasilienses em seus quadros, informa que o DF tem 9 mil cavalos dessa raça. O plantel local supera a soma de animais criados em Goiás, em Tocatins, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. O valor de cada cabeça é muito variado. ;Tem potro de R$ 2 mil, R$ 3 mil e égua de R$ 50 mil, R$ 100 mil, por exemplo;, diz Edalmo Soares Ferreira, presidente da Associação dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador do Planalto.
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