Jornal Correio Braziliense

Cidades

Integrantes do MST desocupam prédio do Incra e se reúnem com desembargador

O ouvidor agrário nacional esteve com representantes do movimento e propôs uma reunião para receber e discutir a pauta de reivindicações

Cerca de 750 agricultores familiares e trabalhadores sem-terra desocupam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A ocupação do térreo e de dois andares do edifício começou às 4h30 desta segunda-feira (19/8). Os funcionários que chegaram para trabalhar pela manhã foram liberados.



;Estamos com milhões de agricultores familiares sem conseguir acessar o crédito do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] porque não conseguem fazer renegociação das dívidas, que são provenientes de assistência técnica deficiente, de uma política de acesso à terra precária e de processos de seca. A reforma agrária está emperrada. É uma pauta antiga dos movimentos rurais e queremos respostas;, disse Lopes.

Francisco de Assis Loyola, de 39 anos, que faz parte do Movimento Brasileiro de Sem Terra (MBST), defendeu a regularização do Acampamento 10 de Junho, no bairro Ponte Alta, no Gama (DF), que tem 222 famílias acampadas. ;Estamos acampados na [estrada] vicinal 341 há um ano e três meses e queremos que o governo regularize a situação e dê a terra a quem vai plantar. Somos agricultores familiares. Estamos lá para plantar e cuidar da terra;, disse Loyola.