Jornal Correio Braziliense

Cidades

Justiça determina quebra de sigilo de policias militares

Segundo a acusação, eles teriam desviado R$ 50 milhões da Caixa Beneficente da Polícia Militar do Distrito Federal (Cabe) por meio de lavagem de dinheiro

Por determinação judicial, o coronel Gilberto Alves de Carvalho e o tenente coronel Alexandre Rocha Saud terão os sigilos fiscal e bancário quebrados. Eles são presidente e conselheiro, respectivamente, da Caixa Beneficente da Polícia Militar do Distrito Federal (Cabe). A determinação é de um juiz da 25; Vara Cível de Brasília, baseada em uma ação declaratória movida pelos associados da entidade Geraldo Elindo de Souza, Jacildo de Lima e Roberto Miguel Bulat.

Carvalho e Bulat foram adversários nas últimas eleições para a presidência do Cabe, em outubro de 2011. Segundo o trio de acusação, o atual presidente e Saud teriam desviado R$50 milhões da associação por meio de lavagem de dinheiro com a RECUP Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda, de Rony Moreira. A empresa e Moreira também serão investigados. Segundo o processo, que corre em segredo de justiça, mais de 22 mil associados teriam sofrido com os prejuízos e desvios financeiros.

A Cabe oferece benefícios para os contribuintes policiais militares como plano de saúde, odontológico e de turismo, auxílio funeral, jurídico e financeiro. Além da quebra de sigilo, o juiz determinou a suspensão de repasse de qualquer valor da Cabe ao Instituto Cabe, o cancelamento dos efeitos de todos os contratos realizados entre a Cabe e a Recup e o bloqueio judicial de um veículo VW Voyage - para os autores da ação, um presente da empresa de Rony Moreira ao conselheiro Saud. Os réus têm 15 dias para apresentar contestação.

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