O motorista brasiliense que quiser fazer uma pesquisa antes de encher o tanque do carro, dificilmente encontrará valores muito diferentes nas bombas. O Correio percorreu 21 postos de combustíveis de diferentes bandeiras no Plano Piloto, no Guará e em Taguatinga na última quarta-feira e identificou preços iguais em 17 deles: gasolina vendida a R$ 2,99 e álcool a R$ 2,27. O último levantamento semanal feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que a variação de preços em Brasília, de apenas três centavos na gasolina e cinco centavos no etanol, é a menor entre as capitais do Brasil. A cidade que ocupa a segunda colocação, com diferença de cinco centavos na gasolina, é Boa Vista.
Pelas ruas, não faltam suspeitas de combinação de preço dos combustíveis. Para a nutricionista Sabrina Cavalcanti, 32 anos, moradora da Asa Norte, a diferença de poucos centavos não significa nada. ;E eles ainda inventam esta quarta casa no valor: R$ 2,975. Que preço é esse? Eu não consigo dar troco nesses cinco;, reclama. O servidor público João dos Passos, 53 anos, mora no Paranoá, mas abastece no primeiro posto que vê pela frente quando o carro entra na reserva, seja na cidade onde mora, seja no Plano Piloto. ;Não tem diferença nenhuma mesmo;, justifica.
A simetria de preços, de acordo com analistas, é um dos efeitos da concentração do mercado em poucas empresas. De acordo com a ANP, apenas três grupos detêm a maioria dos postos de gasolina do Distrito Federal. Somente o grupo Gasol administra 80 deles. O Correio apurou que a rede tem 45% da fatia do mercado na capital e soma 75% com a Auto Shopping. ;Essa não é uma característica exclusiva de Brasília, a situação se repete em todo o país;, ameniza o diretor regional da agência, Manoel Neto.
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