Jornal Correio Braziliense

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Cinejornais da construção e inauguração de Brasília devem chegar à internet

A pedido do Arquivo Público do Distrito Federal, especialistas do Rio de Janeiro avaliam que 25 filmes produzidos durante a criação da capital poderão ser recuperados

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Do cerrado selvagem à inauguração da nova capital brasileira. Registradas por grandes cineastas, as imagens do surgimento da cidade considerada patrimônio da humanidade estão guardadas em uma sala apertada do Arquivo Público do Distrito Federal. São 25 rolos contendo vídeos curtos, com duração de 5 a 20 minutos, que levavam a todas as salas de cinema do país a evolução de Brasília. Os cinejornais, encomendados pelo então presidente Juscelino Kubitschek, eram exibidos pouco antes do início dos filmes, época em que a televisão custava muito e tinha poucos canais.



Mais de 50 anos depois, essas cenas em preto e branco voltaram a ser vistas ontem. Após análise de especialistas em recuperação e digitalização de filmes antigos, chegou-se à conclusão que parte da história da construção da capital federal poderá ser resgatada. ;Há películas em ótimas condições, que poderão ser rapidamente restauradas e digitalizadas. Outras não. Mas não há nada perdido;, sentenciou Francisco Moreira, especialista em recuperação de vídeos desde 1978 e gerente de restauração do Labocine, empresa carioca que enviou técnicos para avaliar a condição do material.

Alguns rolos estão em avançado estado de deterioração e precisarão passar por um minucioso trabalho de limpeza e reparação química e digital. Mesmo assim, as imagens até agora analisadas revelam o cerrado bruto, o imenso canteiro de obras, o histórico discurso de Juscelino Kubitschek durante inauguração de Brasília e a vida dos pioneiros na capital. Tudo é retratado nos 25 episódios que serão restaurados. ;Além de noticiar o andamento da obra e chamar a Brasília trabalhadores, os filmes tinham como objetivo dissipar as críticas à construção e à transferência da capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central;, explicou o historiador Wilson Vieira Júnior, coordenador do Arquivo Público do DF.

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