De acordo com a polícia, os criminosos roubavam os veículos em algumas unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, e levavam para outras cidades, onde os caminhões eram utilizados pelos suspeitos, alguns deles empresários, para transportes e fretes. Os criminosos também adulteravam os sinais identificadores dos veículos. Durante as investigações foram apreendidos 14 caminhões e dois carros.
Para deflagrar a Operação Truck, os investigadores monitoraram os criminosos ao longo de oito meses, após o roubo de um caminhão em São Sebastião, no ano passado. Durante os crimes, as vítimas tinham a liberdade restringida e eram obrigadas a indicar onde ficavam os rastreadores dos veículos. As apurações dão conta que os empresários envolvidos no esquema depositavam dinheiro na conta de dois comparsas para custear os gastos com abastecimento dos veículos, gastos extras, além de aquisição de armas de fogo.
Segundo o delegado da DRFV, José Eduardo Galvão, os caminhões eram mandados para a Bahia ou para o Góias e eram totalmente adulterados ou desmontados. "Percebemos que os roubos dos caminhões, antes incomuns, começaram a tornar-se constantes. Monitoramos e chegamos aos executores, depois aos mandantes, que são de Barreira (BA)", afirmou o delegado. Ele acredita que a quadrilha roubou entre 30 e 40 caminhões.
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Uma versão anterior deste texto informava a apreensão de 22 veículos e duração de quatro dias. A reportagem foi corrigida às 15h41 e às 16h06.
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