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ANP interdita tanque de combustível do aeródromo irregular em São Sebastião

Segundo normas da ANP, um aeroporto de pequeno porte pode ter, sem registro, um tanque de combustível de até 15 mil litros; o tanque do Aeródromo tem 20 mil litros



O crescimento do segundo maior terminal de pousos e decolagens é sinal também da pujança econômica de Brasília. Seja por lazer, seja por necessidade de deslocamentos rápidos, moradores da cidade recorrem a aviões pequenos e médios. Um modelo de quatro lugares custa cerca de US$ 640 mil. A implantação do Aeródromo Botelho também foi impulsionada pela concessão do Aeroporto Internacional à iniciativa privada. ;Com a privatização, as tarifas foram reajustadas. Além disso, a prioridade é sempre dos aviões comerciais. Às vezes, o piloto tem que ficar sobrevoando a cidade por até meia hora para conseguir autorização para pousar (no JK);, explica Trajano Botelho, 24 anos, filho de José Ramos e um dos administradores do terminal.


As dimensões do empreendimento, que atraiu empresários e poderosos, chamam a atenção. Mas, apesar da grandeza do negócio, nenhum órgão do GDF fiscalizou a área desde que começaram as obras. A Administração de São Sebastião e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concederam autorização para operações na pista do aeródromo, mas não há alvará para as garagens destinadas a aeronaves. Aliás, o próprio documento da Anac está próximo de vencer: foi emitido em setembro de 2010 e tem três anos de validade. O governo promete agora apurar a venda de lotes para a construção de hangares e a edificação da infraestrutura.

Com informações de Manoela Alcântara, Sílvio Ribas, Helena Mader e Mara Puljiz