Jornal Correio Braziliense

Cidades

Cidades do Entorno do DF estão entre as mais perigosas do Brasil

Em ranking com as 300 cidades mais violentas do país divulgado nesta quinta-feira (18/7), cidades como Luziânia, Valparaíso e Planaltina aparecem com alto índice de violência

Cinco cidades do entorno do Distrito Federal aparecem entre as 70 mais violentas do país em um ranking divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela). Segundo o levantamento, que faz parte do ;Mapa da Violência 2013 ; Homicídios e Juventude no Brasil; e que levou em consideração localidades com mais de 20 mil habitantes, Luziânia é 21; localidade mais perigosa do país. Valparaíso de Goiás (40;), Santo Antônio do Descoberto (68;), Cristalina (74;) e Águas Lindas de Goiás (70;) também compõem a lista.

De acordo com os dados, em 2011 Luziânia somou 164 assassinatos, registrando uma média de 92,6 mortes a cada grupo de mil habitantes. Outras cidades do Entorno como Cidade Ocidental (90;), Planaltina (196;), Formosa (200;) e Novo Gama (209;) também foram citadas no ranking.



O estudo mostra que as cidades que contam com até 5 mil habitantes tiveram um crescimento no índice de assassinatos de 37,5%. Já as localidades com população entre 20 mil e 50 mil habitantes viram as taxas de assassinatos crescer 67,9%. Índices que vão na contramão aos anotados em 38 cidades grandes (com mais de 500 mil moradores), que registraram queda de 28,3% nos números de assassinatos.

Segundo o coordenador da área de violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e pesquisador do Cebela, Julio Jacobo Waiselfisz, três fatores ajudaram a pulverizar a violência pelo interior do Brasil: o esgotamento de grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, que passaram a ter custos mais elevados, empurrando novos investimentos e fluxos migratórios para o interior; o reforço da segurança nas grandes regiões metropolitanas, com o Plano Nacional de Segurança Pública, de 1999, e o Fundo Nacional de Segurança Pública, de 2000; por fim, a melhoria nos registros e estatísticas de mortalidade nas pequenas cidades, que reduziu a subnotificação dos homicídios.