Jornal Correio Braziliense

Cidades

Internet vira o lojão da classe C. Mulheres são as que mais compram

Os descontos oferecidos pelos estabelecimentos virtuais são os principais atrativos para quase 86% desse grupo social

Apesar da expansão do comércio virtual no Distrito Federal, que cresce em média 20% ao ano, os consumidores brasilienses confiam mais em sites que possuem lojas físicas. De acordo com levantamento inédito da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), 73,7% preferem comprar em estabelecimentos on-line que têm também unidades concretas. O motivo apontado por eles no estudo é que, assim, podem ter contato com o produto antes de adquirir (67,4%) ou porque consideram a operação mais segura (30,2%).

Para a presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Solange Oliveira, o consumidor desconfia da segurança de dados do e-commerce. ;As pessoas ainda têm receio em relação a golpes, mas, ultimamente, as lojas têm investido para garantir a privacidade do comprador, por isso, esse tipo de problema ocorre raramente hoje. Ainda assim, é evidente que uma loja física dá maior credibilidade ao site;, comentou.

O autônomo Evangelito Soledade Silva, 35 anos, afirmou não ter do que reclamar das compras on-line. Nas poucas ocasiões em que usou o serviço, a entrega chegou na data prevista, os produtos eram de qualidade e agradaram. Ainda assim, ele é adepto da compra nas lojas físicas. ;Prefiro adquirir o produto no shopping. É uma questão de ver a mercadoria, experimentar, conhecer a qualidade. E, depois, não tem necessidade de trocar;, argumentou.