Jornal Correio Braziliense

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Sistema da Polícia Civil permite o reconhecimento de 44 pessoas mortas



Há quatro anos, o neto de Darci Sousa, 70, cruzava o portão de casa para nunca mais voltar. O longo período sem notícias de Wilian Silva Rodrigues, então com 26 anos, fez a aposentada adoecer. Ela entrou em depressão profunda. Em 2012, um policial bateu à porta dela. O agente trazia a informação que dona Darci já imaginava, mas se recusava a acreditar: Wilian estava morto e havia sido enterrado como indigente.

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Até o desfecho do caso, o jovem era considerado pela família e pelo Estado um desaparecido. Chegou a ter fotos publicadas na internet e em contas de água e luz. Com a identificação dele, a polícia retomou as investigações do assassinato do jovem, executado com quatro tiros. O mesmo ocorreu com outros 44 inquéritos relacionados à morte de pessoas sepultadas como indigentes nos últimos 16 anos no Distrito Federal. O trabalho é resultado da Operação Anjo da Guarda, do Instituto de Identificação (II) da Polícia Civil do DF.