O protesto em Brasília, que teve um início pacífico, deixou um rastro de destruição na Esplanada, na noite desta quinta-feira (20). Segundo a Polícia Militar, 35 mil pessoas ocuparam as ruas de Brasília, concentrando-se entre os ministérios e o Congresso. Enquanto parte da multidão brigava por diversas causas, como redução da tarifa da passagem de ônibus, fim da corrupção e renúncia do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, vândalos preferiram depredar a o Palácio do Itamaraty, os prédios ministeriais e a Catedral de Brasília. Diante da repercussão das manifestações em todo o país, a presidente Dilma Rousseff cancelou viagem ao Japão e marcou uma reunião com os ministros na manhã desta sexta (21).
A confusão começou às 17h45, quando os manifestantes tentaram invadir o Congresso, mas foram impedidos pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. A reação da multidão foi seguir em direção ao Itamaraty, que teve pelo menos 25 vidraças quebradas e um portão interno pichado. A PM não esperava que os manifestantes partissem para o Itamaraty e, assim, um grupo conseguiu entrar no prédio. Os policiais conseguiram afastar os vândalos, que partiram novamente para o Congresso, onde os confrontos se repetiram.
Sete mil policiais faziam a segurança em frente ao Congresso e formavam uma barreira entre os manifestantes e o edifício. Sem conseguir furar o bloqueio policial, houve quem atirasse bombas, garrafas de plástico e de vidro e água nos agentes. Enquanto isso, parte dos manifestantes se esforçava para o protesto não acabar em conflito e gritava ;sem violência;. O apelo, no entanto, não teve efeito. A polícia reagiu, mais uma vez, com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Houve uma correria, abrindo um clarão no gramado em frente ao Congresso.
Os manifestantes se reaproximaram, mais uma vez, do Congresso. Alguns fizeram fogueiras com cartazes, cones de trânsito e lixeiras no gramado. As bandeiras dos estados, que ficam hasteadas em frente à Câmara dos Deputados e ao Senado, foram arrancadas e também queimadas. A provocação aos policiais continuou. Quando a ofensiva militar se intensificou, os manifestantes se dispersaram novamente e o que se viu a partir de então foi depredação no caminho até a rodoviária.
Rastro de destruição
A multidão começou a caminhar em direção à rodoviária. Grande parte, que fazia um protesto pacífico, apenas tentava fugir da confusão, já que, nesse momento, os policiais já atiravam bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta de forma generalizada. Pelas periferias do Eixo Monumental, outras pessoas aproveitavam o trajeto para pichar os ministérios, arrancar placas de sinalização e lixeiras e depredar pontos de ônibus.
Protegida por apenas um segurança, a Catedral de Brasília também se tornou alvo do vandalismo. Três rapazes se aproximaram da igreja recém-reformada e jogaram pedras. Não conseguiram quebrar a vidraça, mas deixaram um trincado. Depois do ataque, cerca de 15 viaturas cercaram o monumento. Pouco depois, os manifestantes se dispersaram e começaram a voltar para casa.
Balanço de feridos
Em coletiva de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez 45 atendimentos e os Bombeiros, 82. Entre os feridos, houve 10 policiais. Pelo menos 11 manifestantes precisaram ser encaminhados para hospitais de Brasília. Duas pessoas foram atingidas por balas de borracha. Uma delas teve traumatismo craniano.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, disse que a polícia vai investigar os atos de vandalismo durante a manifestação e que a operação da Polícia Militar foi bem sucedida. "Os policiais só precisaram agir no momento em que uma minoria tentou invadir o Itamaraty", completou.
Início pacífico
Os manifestantes começaram a se concentrar às 16h, no Museu Nacional da República e começaram a caminhar até o Congresso às 17h. Durante os 20 minutos de caminhada, o clima foi tranquilo, sem confrontos com a polícia. As pessoas levaram diversos cartazes, com críticas a políticos, aos gastos com Copa do Mundo, aos baixos salários dos professores. Pediam mais verba para a saúde, o fim do voto secreto no Poder Legislativo e do foro privilegiado, a redução de impostos, entre outros. Cantavam o Hino Nacional e outros gritos de guerra.
Dilma
Participarão do encontro o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ela pediu que os ministros não deixem Brasília nos próximos dias.
A confusão começou às 17h45, quando os manifestantes tentaram invadir o Congresso, mas foram impedidos pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. A reação da multidão foi seguir em direção ao Itamaraty, que teve pelo menos 25 vidraças quebradas e um portão interno pichado. A PM não esperava que os manifestantes partissem para o Itamaraty e, assim, um grupo conseguiu entrar no prédio. Os policiais conseguiram afastar os vândalos, que partiram novamente para o Congresso, onde os confrontos se repetiram.
Sete mil policiais faziam a segurança em frente ao Congresso e formavam uma barreira entre os manifestantes e o edifício. Sem conseguir furar o bloqueio policial, houve quem atirasse bombas, garrafas de plástico e de vidro e água nos agentes. Enquanto isso, parte dos manifestantes se esforçava para o protesto não acabar em conflito e gritava ;sem violência;. O apelo, no entanto, não teve efeito. A polícia reagiu, mais uma vez, com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Houve uma correria, abrindo um clarão no gramado em frente ao Congresso.
Os manifestantes se reaproximaram, mais uma vez, do Congresso. Alguns fizeram fogueiras com cartazes, cones de trânsito e lixeiras no gramado. As bandeiras dos estados, que ficam hasteadas em frente à Câmara dos Deputados e ao Senado, foram arrancadas e também queimadas. A provocação aos policiais continuou. Quando a ofensiva militar se intensificou, os manifestantes se dispersaram novamente e o que se viu a partir de então foi depredação no caminho até a rodoviária.
Rastro de destruição
A multidão começou a caminhar em direção à rodoviária. Grande parte, que fazia um protesto pacífico, apenas tentava fugir da confusão, já que, nesse momento, os policiais já atiravam bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta de forma generalizada. Pelas periferias do Eixo Monumental, outras pessoas aproveitavam o trajeto para pichar os ministérios, arrancar placas de sinalização e lixeiras e depredar pontos de ônibus.
Protegida por apenas um segurança, a Catedral de Brasília também se tornou alvo do vandalismo. Três rapazes se aproximaram da igreja recém-reformada e jogaram pedras. Não conseguiram quebrar a vidraça, mas deixaram um trincado. Depois do ataque, cerca de 15 viaturas cercaram o monumento. Pouco depois, os manifestantes se dispersaram e começaram a voltar para casa.
Balanço de feridos
Em coletiva de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez 45 atendimentos e os Bombeiros, 82. Entre os feridos, houve 10 policiais. Pelo menos 11 manifestantes precisaram ser encaminhados para hospitais de Brasília. Duas pessoas foram atingidas por balas de borracha. Uma delas teve traumatismo craniano.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, disse que a polícia vai investigar os atos de vandalismo durante a manifestação e que a operação da Polícia Militar foi bem sucedida. "Os policiais só precisaram agir no momento em que uma minoria tentou invadir o Itamaraty", completou.
Início pacífico
Os manifestantes começaram a se concentrar às 16h, no Museu Nacional da República e começaram a caminhar até o Congresso às 17h. Durante os 20 minutos de caminhada, o clima foi tranquilo, sem confrontos com a polícia. As pessoas levaram diversos cartazes, com críticas a políticos, aos gastos com Copa do Mundo, aos baixos salários dos professores. Pediam mais verba para a saúde, o fim do voto secreto no Poder Legislativo e do foro privilegiado, a redução de impostos, entre outros. Cantavam o Hino Nacional e outros gritos de guerra.
Dilma
Participarão do encontro o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ela pediu que os ministros não deixem Brasília nos próximos dias.
<--[if gte mso 9]><[endif]-->Com informações de Juliana Colares, Luiz Calcagno, Saulo Araújo, Gabriella Furquim, Leandro Kleber, João Valadares, Étore Medeiros, Ariadne Sakkis, Adriana Caitano e Edson Luiz