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Cachê inflacionado de Amado Batista derruba administrador do Itapoã

Valor alto pago ao cantor Amado Batista no aniversário do Itapoã, mostrado pelo Correio, causou a exoneração de Donizete dos Santos. O artista foi contratado por R$ 400 mil, ou quase três vezes mais do que ele ganha em apresentações pelo país afora


O gasto milionário com a festa de aniversário do Itapoã, denunciado pelo Correio, levou à demissão do administrador regional da cidade. A exoneração de Donizete dos Santos, que estava no cargo desde agosto do ano passado, foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do DF. O governador Agnelo Queiroz ainda não nomeou o substituto. Donizete havia sido indicado para o posto pelo deputado federal Ronaldo Fonseca (PR-DF). Mas até mesmo o padrinho político de Donizete criticou em público o gasto exorbitante com o evento.


O aniversário do Itapoã custou R$ 1.050.000, dos quais R$ 400 mil foram reservados para a contratação do cantor romântico Amado Batista. O Ministério Público de Contas investiga suspeita de superfaturamento no cachê do artista e de outros músicos que se apresentaram durante a festa. O Correio revelou o caso no último dia 29. A reportagem fez um levantamento em diários oficiais de 15 prefeituras que contrataram Amado Batista para apresentações públicas.

O cachê médio do cantor nesses casos foi de R$ 150 mil, quase três vezes menos do que o valor pago pela Administração Regional do Itapoã. Outras quantias chamaram a atenção do Ministério Público. O administrador pagou R$ 250 mil para a dupla sertaneja João Lucas e Marcelo se apresentar na festa, realizada em março.