Jornal Correio Braziliense

Cidades

Fraco desempenho do setor público puxa recuo de 0,4% na economia do DF

Serviços cresceram apenas 0,3%, o que não compensou a forte retração na agropecuária e na indústria

O Distrito Federal sentiu o fraco desempenho do setor público no primeiro trimestre do ano. A atividade econômica da capital do País caiu 0,4% nos três primeiros meses de 2013 na comparação com igual período do ano passado. Foi a primeira variação negativa da série do Índice de Desempenho Econômico (Idecon), iniciada no primeiro trimestre de 2012. O setor de serviços cresceu apenas 0,3% ; acabou neutralizado pelo comportamento da administração pública, que caiu 0,6% entre janeiro e março ; e não foi suficiente para compensar a forte retração na agropecuária e na indústria.

Desde que começou a ser medido, no primeiro trimestre de 2012, o Idecon apresentou variações positivas de 3,6%, 1,8%, 2,8% e 3,l% a cada três meses. Os bons resultados sempre ocorreram graças à atuação do setor de serviços, o mais representativo da economia brasiliense, que também cresceu ao longo de todo ano passado, em índices de 3,3%, 1,6%, 3% e 2,9% a cada trimestre. Nos três primeiros meses deste ano, o comércio teve uma expansão de1,5% (principalmente pelo volume de venda de veículos novos, que aumentou 2,7%), os serviços de informação registraram desempenho positivo de 2,5% e a intermediação financeira de 0,3%.

Os bons resultados dessas atividades não foram suficientes para dar desempenho melhor ao setor de serviços já que a administração pública, que responde por 58,38% da atividade, teve variação negativa. Júlio Miragaya, presidente da Companhia de Planejamento do DF, que mede o Idecon, disse que a redução era esperada no começo do ano, quando ocorre trocas de pessoas de cargos de confiança e substituição de funcionários terceirizados nos governos local e federal. ;Mas não esperávamos uma queda tão acentuada. Houve uma redução de 10 mil postos de trabalho no setor público desde o começo do ano. Mas a PED (Pesquisa do Emprego e Desemprego) de abril sinaliza uma recuperação, que deve acontecer no segundo trimestre;, afirmou.