Os 26 internos do Presídio Feminino do Distrito Federal (Colmeia), no Gama, vão poder deixar suas marcas no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Eles estão envolvidos no projeto de reciclagem de placas de sinalização.
Das 1,6 mil placas encomendadas para este ano, 600 serão instaladas no interior da arena para indicar lixeiras de coleta seletiva. ;Quando voltar para a rua e para o seio da família, vou poder dizer aos meus filhos e netos: olha, foi o papai e o vovô que fez;, diz, orgulhoso, o marceneiro Orzílio Ribeiro, de 45 anos.
O objetivo é capacitar os internos e contribuir com a reinserção deles na sociedade. Atualmente, os trabalhadores produzem lixeiras, reciclam placas e fazem reformas gerais no prédio da Colmeia. Apenas internos do regime semiaberto podem participar. Além de um salário mínimo (R$ 678), eles são beneficiados com redução de um dia de pena para cada três trabalhados.
O projeto começou há dois anos numa parceria entre a penitenciária e a Administração Regional do Gama e passou a ser coordenado pela Secretaria de Segurança Pública com o apoio da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap).