Trabalho de papiloscopistas é um trunfo das famílias que procuram parentes

Só este ano, o Instituto de Identificação envelheceu a fisionomia de 48 pessoas

A tecnologia, aliada à habilidade de peritos papiloscopistas, é uma ferramenta poderosa na procura por desaparecidos. No Instituto de Identificação (II) da Polícia Civil do Distrito Federal, um grupo de servidores trabalha para atualizar as imagens de pessoas que sumiram misteriosamente. Com técnicas avançadas, eles conseguem fazer a progressão de envelhecimento a partir de fotos originais. O serviço já trouxe resultados positivos. Evandro de Paula, por exemplo, conseguiu reencontrar o filho 10 anos depois com a contribuição de uma composição fotográfica produzida pelos peritos. As dúvidas com relação à identidade de Evandro Eduardo da Silva de Paula, 13, só acabaram com a comparação da imagem com o rosto do garoto de 13 anos, que havia desaparecido aos 3.

;Esse pai veio nos agradecer pessoalmente, e isso é muito gratificante. Se fossemos nos basear em números, talvez já teríamos desistido, pois produzimos mil projeções para chegarmos a um ou dois resultados positivos. Mas esse único resultado positivo nos dá combustível para continuar com o mesmo entusiasmo;, afirmou o diretor do Instituto de Identificação, Carlos César de Sousa.



Só este ano, 48 fotos de pessoas sumidas foram envelhecidas pelo instituto (veja quadro ao lado). Os peritos papiloscopistas se baseiam em parâmetros científicos da face para alterar a foto do desaparecido e deixá-la mais próxima possível do que seria a fisionomia atual. Fotos de parentes tiradas na idade em que a pessoa foi vista pela última vez também ajudam a traçar um retrato mais fiel do semblante.

Assista entrevista com Celma Lima, chefe do laboratório de perícias prosopográficas do Instituto de Identificação da PCDF
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