Jornal Correio Braziliense

Cidades

Vivo é condenada a pagar R$ 15 mil por quebra de sigilo de cliente

O autor da ação foi vítima de uma quadrilha chefiada por detetives particulares e policiais civis paulistas, tendo esse esquema sido desarticulado por meio da "Operação SPY 2"

A operadora de telefonia Vivo foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) a pagar R$ 15 mil por danos morais a um cliente que acusou, em 2009, a operadora de disponibilizar suas conversas, dados pessoais, números, duração de chamadas e localização.

O autor da ação foi vítima de uma quadrilha chefiada por detetives particulares e policiais civis paulistas, e o esse esquema foi desarticulado por meio da "Operação SPY 2". A vítima informou que seu sigilo bancário, fiscal e telefônico foram quebrados, com a participação do gerente da empresa na época.



A vítima disse também que a empresa que atuava de forma irregular na obstenção dos dados dos cliente era contratada da Vivo.

A Vivo informou que os atos praticados pelo ex-funcionário da empresa foram realizados no âmbito de sua vida privada e não no desempenho de suas tarefas profissionais ou na qualidade de funcionário da Vivo. Se defendeu, ainda, dizendo que não há nenhuma relação entre os atos supostamente praticados com os serviços da operadora, de modo que não poderia ser responsabilizada pelas condutas privadas de seus ex-empregados. A Vivo ainda disse que que não existe demonstração de que o ex-funcionário realmente tenha utilizado o sistema para monitorar a vítima.