Jornal Correio Braziliense

Cidades

Apenas cinco das 31 cidades do DF concentram metade da renda das famílias

Os locais onde circulam mais recursos não são necessariamente onde vivem os ricos, o que leva empresários a investirem em regiões tipicamente de classes baixa e média



Nem sempre as regiões mais abastadas são aquelas por onde circula mais dinheiro. No caso do Distrito Federal, somente cinco das 31 regiões administrativas (RAs) concentram quase a metade da renda gerada pelas famílias brasilienses. E, das cinco cidades onde a renda de seus moradores é maior, apenas duas são consideradas de alta renda: Brasília e Sudoeste. Taguatinga, Ceilândia e Águas Claras %u2014 esta última de renda média-alta %u2014são as três RAs depois de Brasília com mais dinheiro em circulação, de acordo com cálculos feito pela reportagem a partir da renda per capita captada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Para se ter uma ideia, quando se fala do rendimento familiar médio, Taguatinga e Ceilândia ocupam, respectivamente, apenas as 12; e 20; colocações.

Todos os meses, cerca de R$ 800 milhões entram na economia de Brasília, fruto do orçamento familiar, o que representa de 50 a 60% do total de dinheiro circulante. Taguatinga vem em seguida na quantidade de riqueza produzida pelas famílias. São R$ 263,3 milhões. Em terceiro, Ceilândia, com R$ 246,1 milhões, e em quarto, Águas Claras, com R$ 245,1 milhões (veja ranking). O que demonstra que a renda per capita não é o determinante para a economia das RAs. O Park Way, por exemplo, é a quinta região com maior renda per capita, mas apenas a 17; em circulação mensal de dinheiro.