No primeiro vestibular de 2013, quando a Universidade de Brasília (UnB) adotou o sistema de cotas para as escolas públicas, a maioria das vagas reservadas foi destinada aos negros. Das 305 cadeiras ofertadas pela forma de ingresso diferenciado, 292 foram destinadas aos afrodescendentes, seguindo determinações da Lei Federal n; 12.711, o que representa cerca de 95% do total. Apesar da grande diferença, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) garante que está apenas cumprindo a lei, sem favorecimentos. A instituição ainda não informou quantos alunos foram aprovados.
O diretor-geral do Cespe, Paulo Portela, explica que a situação deve se equilibrar quando o sistema de cotas sociais for totalmente implantado, em 2016. De acordo com ele, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UnB vai aumentar em 12,5% a cada ano a quantidade de vagas do vestibular reservadas às cotas sociais. A progressão só termina quando a reserva atingir 50%, o que ocorrerá em dois anos. Por enquanto, as subdivisões feitas nas vagas para cotistas sociais destina quase todas as oportunidades aos afrodescendentes.