Jornal Correio Braziliense

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Até a Copa do Mundo, DF terá 1,5 mil câmeras de segurança, diz secretário

Licitação para os novos equipamentos começa esta semana, diz Sandro Avelar, em entrevista ao Correio


Pouco antes de embarcar para Nova Orleans, nos Estados Unidos, para encontro entre secretários de Estado de todo o mundo, o titular da Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, conversou com o Correio e fez um balanço do trabalho realizado pelas forças de segurança. Quase dois anos à frente da pasta, Avelar comemora a queda nos índices de criminalidade registrada em 2012 e atribui a redução à integração das corporações. Entre as 12 modalidades criminais que apresentaram redução, estão o roubo com restrição à liberdade da vítima e o homicídio. Mesmo assim, a média de mortes violentas no DF é de duas por dia.

As polícias do DF estão preparadas para receber as copas das Confederações e do Mundo?

Sem dúvida que sim. Além do que já temos, estamos investindo em viaturas e tecnologia. Foram autorizadas vagas para um concurso da Polícia Civil. Nesta semana, também começa o processo de licitação para adquirimos câmeras. Até a Copa do Mundo, serão mais de 1,5 mil equipamentos instalados em todo o DF.

Quais os crimes que mais preocupam as forças de segurança do DF?
Todos merecem atenção, mas, claro, homicídios, latrocínios (roubos com morte), sequestros relâmpagos, roubos com restrição à liberdade da vítima, e todos que têm clamor social grande são mais preocupantes. Mas temos conseguido reduzir os índices desses e de outros delitos.

Hoje, quais são as maiores dificuldades da segurança pública?

Em primeiro lugar, sem dúvida, o crack. O usuário faz qualquer coisa para sustentar o vício. E o combate não depende só da polícia, envolve outras áreas. Em segundo lugar, a fragilidade da legislação, com reincidentes e menores envolvidos em crimes. Eles são detidos, mas são soltos pouco depois. Outra dificuldade é que Brasília cresceu muito, e as polícias continuam com o mesmo efetivo.

Qual é a dificuldade em lidar com os adolescentes infratores?
A legislação em relação aos menores precisa ser repensada. Eles estão matando, liderando quadrilhas. E fazem isso acreditando na impunidade. Eles não podem continuar praticando delitos se valendo da condição de não ficarem apreendidos. O sistema penitenciário de Brasília é muito bom, mas ainda precisa melhorar, pois 70% dos crimes são praticados por reincidentes.

Veja a reportagem da TV Brasília

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