Jornal Correio Braziliense

Cidades

Moradores de cidades dominadas pelo crack narram rotina de medo e tensão

O Correio constatou que o pesadelo do tráfico assombra desde moradores das Asas Sul e Norte até de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Da periferia ao quintal da mais alta Corte de Justiça, a violência assusta Brasília



QE 40, a cracolândia do Guará

Bairro de classe média, o Guará também tem a sua cracolândia. Situada na QE 40, no Setor de Oficinas da cidade, o lugar é um dos mais temidos da cidade. Por ali, usuários de crack inalam pedras à luz do dia. À noite, a situação é pior. Com iluminação precária e estabelecimentos fechados, os traficantes aproveitam para abastecer os viciados. Carcaças de carros servem de esconderijos para as pedras. ;Depois do fim da tarde, ficam uns 10 noiados fumando no trilho do trem. É assustador;, contou um mecânico. Ontem pela manhã, o Correio flagrou um casal inalando crack no local. Sobram dezenas de latinhas queimadas, indício de uso da droga.