Os preços dos itens da feira estampados nas prateleiras dos mercados e verdurões do Distrito Federal estão assustando os consumidores. Frutas, legumes e verduras chegaram a subir até 59,5% de um mês para o outro. O tomate é um dos campeões da escalada de preços, em alguns estabelecimentos comerciais da capital da República se encontra o fruto por R$ 10,58, o quilo. Na Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa) o custo passou de R$ 3,73 em março para R$ 5,95 por quilo. A disparada dos preços não afeta exclusivamente os brasilienses. Em São Paulo, uma tradicional cantina italiana retirou do cardápio os pratos que exigem molho de tomate, devido à excessiva alta do valor do produto.
A cenoura, o repolho, a cebola, a batata, o feijão e o milho também estão com os preços nas alturas e a qualidade, deixando a desejar %u2014 produtos pequenos e com aspecto ruim. O milho, por exemplo, subiu 5% na Ceasa e está custando R$ 1,09/kg. No supermercado, uma bandeja com 700 gramas chega a custar quase R$ 5. A batata também está 6% mais cara na Ceasa-DF %u2014 R$ 2,25/kg. Nos mercados, para comprar o tubérculo, o consumidor desembolsará mais de R$ 5 por quilo. O repolho está R$ 6/kg e, com a cenoura, foi um dos vilões da inflação na capital nas últimas duas semanas. O preço disparou e, de acordo com o Índice ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA-IBGE), os dois tiveram aumento 36,13% e 41,13%, respectivamente (veja quadro).
A saída para economizar é mudar os pratos que vão à mesa. A auxiliar de serviços gerais Maria de Oliveira, 60 anos, cogita trocar o feijão, que subiu 5,39%, por outras leguminosas, como a lentilha ou o grão-de-bico. %u201CQuem frequenta o mercado todo mês, como eu, fica abismado porque os preços não param de subir. Nem trocar de marca está compensando%u201D, indigna-se.