Ana Maria Campos
postado em 30/03/2013 07:36
Policiais civis do DF prenderam, na noite desta sexta-feira (29/3), um suspeito de participar do assassinato da professora de 37 anos encontrada estrangulada no Estacionamento 9 do Parque da Cidade. Christiane Silva Mattos saiu para comprar ovos de Páscoa e, em seguida, buscaria os filhos, de 2 e 7 anos, na escola, mas desapareceu na tarde de quinta-feira. O corpo da servidora da Secretaria de Educação foi localizado dentro do próprio carro, um Fiat Bravo, sentado no banco do motorista e preso ao cinto de segurança. Não havia sinais de ferimentos com arma de fogo ou com objeto cortante, como uma faca, segundo os investigadores. Fontes policiais informaram ter chegado ao suspeito por meio das impressões digitais deixadas no veículo da vítima. O homem teria confessado o crime na 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul). Sua prisão temporária seria pedida durante a madrugada. Até 0h30, a família da professora prestava depoimento.
Objetos da professora, como o smartphone e a carteira com cartões de crédito, talões de cheque e dinheiro não foram levados. Os ovos de Páscoa comprados à tarde também estavam no veículo, próximos às duas cadeirinhas dos dois filhos. O veículo havia sido trancado por fora, por isso, os agentes quebraram os vidros do carro para retirar a vítima. ;Um crime como esse intriga, mas pedi que a investigação seja conduzida sem precipitação, e nenhuma hipótese seja desconsiderada. Não se pode se deixar levar pelo senso comum;, avaliou Jorge Luiz Xavier, diretor-geral da Polícia Civil do DF.
Para Xavier, um criminoso pode tê-la abordado para assaltar, mas se assustou e deixou tudo para trás, como aconteceu, por exemplo, com o assassinato do agente da Polícia Federal Wilton Tapajós, encontrado morto no Cemitério Campo da Esperança, em julho de 2012. Os investigadores também trabalham com a possibilidade de homicídio provocado por desavença. Na tarde de ontem, um elemento importante indicaria o rumo das investigações. Essa evidência, considerada fundamental, foi tratada em sigilo para não prejudicar a apuração.
Cunhado da professora, o administrador Plínio Marcos Dias Paes, 35 anos, afirmou que os policiais não afastam a chance de o crime ter sido cometido por alguém próximo à vítima. ;Nós, da família, não conseguimos pensar que alguém conhecido seja capaz disso. Ela não tinha inimigos;, contou. Os investigadores entraram no apartamento da professora, na 214 Sul, para recolher documentos, computadores e fotografias. No carro, há evidências de que ela reagiu à agressão. O sinaleiro da seta estava quebrado.