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Taxista é suspeito de matar presidente de conselho fiscal a facadas

Miguel Augusto Mariano, conhecido como Arruda, teria matado César Luis Cristino, depois de um desentendimento em restaurante de apoio a taxistas próximo ao aeroporto

O presidente do Conselho Fiscal dos Taxistas do DF, César Luis Cristino, de 56 anos, foi morto no início da tarde deste domingo (24/3) a facadas após uma discussão no restaurante de apoio aos taxistas, localizado próximo ao Aeroporto de Brasília. A polícia conseguiu deter, no início da noite, o taxista Miguel Augusto Mariano, 57, conhecido como Arruda, apontado como suspeito. De acordo com os investigadores, ele confessou o crime.

Segundo testemunhas, Cristino e Arruda teriam começado a briga depois de um desentendimento. Cristino teria alertado Arruda para que ele parasse com o hábito de "comer sem pagar" no restaurante. "Eu era humilhado por ele", disse Miguel à polícia. Ele confirmou a versão das testemunhas.

Cristino teria chamado Arruda de "subordinado". Revoltado, o taxista teria ido até a cozinha do restaurante, de onde pegou a faca que atingiu Cristino, primeiro no peito. A vítima conseguiu ainda correr até o carro, mas recebeu outros dois golpes - no braço e nas costas. Cristino era policial reformado e morreu no local, deixando cinco filhos e nove netos.

Agentes da 10; Delegacia de Polícia procuraram pelo suspeito do assassinato durante a tarde. Arruda teria fugido, passando por um matagal próximo ao restaurante, onde teria abandonado a arma, de acordo com testemunhas. O suspeito pegou, ainda, uma carona com um taxista que, em depoimento, afirmou que conduziu o colega sem saber do crime. A testemunha contou ter deixado o suspeito na 516 Sul.

A prisão ocorreu em posto de combustível no Colorado - o suspeito estava acompanhado de uma filha. Ele respondeu a um processo em 1990 por atentado violento a pudor e estupro. A delegacia não soube informar se Arruda foi condenado pelos delitos. Pela morte de Cristino, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (por impossibilitar a defesa da vítima e por motivo fútil). Se condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão. "A conduta dele é desproporcional. Mesmo humilhado, nada justifica o crime", considera o delegado-chefe da 10; DP, Laércio Rosset.

Confira a reportagem da TV Brasília

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