Jornal Correio Braziliense

Cidades

Um ano depois do crime, acusados de atear fogo em mendigos voltam a júri

No dia em que o crime completa um ano, réus são levados a júri popular, depois de adiamento. Marceneiro incomodado com a presença de moradores de rua teria encomendado o atentado

Após ser , o acusados de colocar fogo em moradores de rua de Santa Maria há exatamente um ano, volta a ocorrer na manhã deta terça-feira (26/2), no Tribunal do Júri da cidade.

[SAIBAMAIS]De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o crime ocorreu quando um dos acusados, o marceneiro Daniel Abreu Lima, teria ficado incomodado com a presença dos moradores de rua Paulo Cézar Maia, 42 anos, e José Edson Miclos de Freitas, 26 anos, nas proximidades do comércio dele. Lima, então, teria oferecido R$ 100 para que cinco comparsas o ajudasse a espantar as vítimas do local - um deles .

Edmar Pereira da Silva, Lucas Júnior Araújo e Sá, Gervanio Balbino de Oliveira e Daniel Douglas Cavalcante Cardoso teriam ateado fogo na parte de trás de um sofá onde os mendigos estavam deitados, mas as vítimas, com ajuda de populares, conseguiram apagar as chamas e voltaram a dormir. Mais tarde, os acusados, acompanhados do mandante, teriam despejado gasolina sobre as vítimas, antes de incendiá-las.

O julgamento, que começou em 24/1, foi cancelado após o suposto mandante do crime destituir o próprio advogado, Delcio Gomes de Almeida, por conta de uma discussão. O juiz do caso, Itamar Dias, optou por não separar os processos e decidiu adiar o julgamento.
O crime
Ocorreu na madrugada de 26/2/2012, na QR 118 conjunto H, em Santa Maria. José Edson teve cerca de 63% do corpo queimado pelas chamas, e não resistiu. Paulo Cezar, que teve 22% do corpo queimado, sobreviveu. Testemunhas informaram que as vítimas foram atacadas após rirem dos agressores, que só tinham posto fogo no sofá.