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Polêmica: câmpus da Universidade de Brasília no Gama terá catracas

O câmpus da Universidade de Brasília na cidade passará a controlar o acesso de alunos, professores e funcionários. Em Ceilândia, a diretoria ainda discutirá medida com a comunidade. Unidades da Asa Norte e de Planaltina continuam com a entrada liberada


A administração do câmpus da Universidade de Brasília (UnB) no Gama começou a testar um sistema de catracas para o acesso de estudantes, professores e servidores aos prédios da instituição. Adotada em nome da segurança, a medida gera polêmica entre a comunidade acadêmica e reflete sobre a situação das outras unidades da instituição. Assim como no Gama, o projeto do câmpus de Ceilândia prevê a colocação dos equipamentos, mas a necessidade ainda vai ser discutida entre os frequentadores. No Darcy Ribeiro, na Asa Norte, as catracas não estão em discussão, pelo menos por enquanto. A entrada em Planaltina também é liberada.

No Gama, o sistema será implantado no fim do próximo semestre, quando os testes estiverem finalizados. Cerca de 1,7 mil pessoas deverão apresentar uma carteirinha para entrar. ;A comunidade pode ficar tranquila. Alunos, servidores e professores terão acesso irrestrito aos prédios a qualquer horário, ninguém vai ser barrado. Usamos uma tecnologia de radiofrequência que permite o acesso rápido, por isso também não haverá problema se a pessoa esquecer o cartão em casa, é só se apresentar aos vigilantes;, garantiu o diretor do câmpus UnB Gama, Alessandro Borges de Sousa Oliveira.

Ele garante que as catracas servirão para proteger a comunidade, e não para impedir o acesso da sociedade ao câmpus. ;Já abordamos homens que não trabalham ou estudam aqui olhando os alunos. Coincidentemente, duas semanas após pedir que uma pessoa saísse do câmpus porque observava um laboratório, sofremos uma tentativa de furto no local;, contou Alessandro. Segundo ele, a implantação do sistema será precedida por um treinamento de combate a incêndio oferecido pelo Corpo de Bombeiros.

Mesmo em fase de teste, o sistema provoca polêmica. Para o estudante do 6; semestre do curso de engenharia de energia João Ferreira Barreto, 20 anos, morador da Asa Sul, as catracas podem afastar a sociedade da instituição de ensino superior. ;A gente vai se tornar um estranho para a universidade, sem contar que a velocidade para entrar e sair não será mais a mesma. Imagina se um dia alguém chegar atrasado para uma prova e esquecer a carteirinha. Vai ser uma burocracia;, opinou.