A Polícia Civil goiana ainda procura pela quadrilha responsável por invadir um banco de Cavalcante ; distante 300 km de Brasília ;, e fazer cerca de 20 clientes reféns.
O crime ocorreu na manhã da última terça-feira (29/1), quando oito criminosos, todos armados com fuzis, anunciaram o assalto. Eles apontaram uma arma para o gerente do banco e o mandaram abrir o cofre. Apenas dois entraram e, durante toda a ação, o restante do grupo atirava do lado de fora para intimidar a polícia. Mais de 200 disparos foram feitos. Ninguém se feriu.
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Na hora de deixar a agência, os bandidos roubaram o disco com as filmagens e mandaram os clientes fazer uma espécie de cordão em volta deles, para que não fossem atingidos pelos policiais. Os assaltantes trocaram tiros com a Polícia Militar de Cavalcante e destruíram uma viatura com um tiro no motor. Um carro da Polícia Civil também acabou atingido.
Para deixar a cidade, a quadrilha levou 10 pessoas como reféns em um Voyage e numa caminhonete Ranger roubada. Os integrantes pegaram a estrada sentido Minaçu (GO), mas para impedir que fossem seguidos, abandonaram o Voyage em uma ponte e atearam fogo, bloqueando a passagem. Os reféns acabaram liberados no local.
Um helicóptero da PM de Goiânia foi cedida para auxiliar na captura dos assaltantes, mas eles ainda não foram localizados. A caminhonete usada na fuga foi encontrada em um buraco ainda na saída norte de Goiás. Um policial contou como foi a ação dos criminosos: "Eles ficaram o tempo todo atirando e sabiam manusear as armas. Com certeza fazem parte de uma quadrilha especializada", acredita. Na hora do assalto, apenas quatro policiais trabalhavam em Cavalcante.
O diretor Regional de Posse, Caio Raimundo, disse que as vítimas serão ouvidas para que possam descrever as características físicas dos criminosos. "A perícia vai tentar identificar se há alguma filmagem deles na cidade. A gente mantém em sigilo algumas informações para não atrapalhar as investigações", disse. Há três anos, o mesmo banco foi assaltado por criminosos armados. O gerente não soube informar para a polícia a quantidade levada pela quadrilha.