Pelo projeto original de Brasília, as entrequadras deveriam servir como comércio de vizinhança para atender a população do Plano Piloto. Ali, os moradores encontrariam de tudo um pouco e teriam atendidas as necessidades básicas de consumo. Mas o rápido crescimento da capital fez muita coisa não sair como planejado. A dificuldade em estacionar, a insegurança e os preços dos imóveis têm expulsado clientes e empresários das comerciais das asas Sul e Norte.
Levantamento inédito da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), obtido com exclusividade pelo Correio, comprova uma percepção que incomoda o setor produtivo e chama a atenção dos próprios frequentadores das entrequadras: o número considerável de lojas fechadas. Na Asa Norte, 18,68% dos 3.876 pontos estão desativados, incluindo estabelecimentos à venda, para alugar ou em reforma. Do lado sul, o percentual é de 8,27%, em um universo de 2.467.