O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Distrito Federal recebe praticamente uma denúncia por dia contra médicos que atendem em hospitais públicos e particulares da capital do país. No ano passado, a entidade abriu 330 sindicâncias para investigar queixas feitas contra esses profissionais ; foram 1.072 feitas nos últimos três anos. As punições, porém, não seguem o mesmo ritmo das denúncias. Poucas resultam em Processo Ético Profissional e menos ainda acabam em punição. Nos últimos dois anos, apenas dois médicos tiveram o registro cassado.
Se condenado pelo CRM, além da pena máxima (a cassação), o médico está sujeito a receber uma advertência ou uma censura confidencial, a censura pública e a suspensão do exercício profissional por até 30 dias (leia ilustração). Mas a entidade nem sequer divulga a quantidade de especialistas que chegaram a ser punidos depois das investigações internas. Uma fonte ouvida pelo Correio disse que raros casos terminam em cassação. ;A tendência do conselho, se não for um flagrante, é abrandar, infelizmente. Eu não me lembro de nenhum caso desses no ano passado;, contou.