"Planaltina é a zona franca do crime", são as palavras de um dos agentes do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) da cidade. O problema é antigo. A superlotação já é conhecida até pelo Ministério Público e agora, a situação pode ficar ainda pior: os presos da cidade podem voltar para as ruas.
Sem espaço para novos detentos, . Na época, a promotora que cuida do caso, Lucrécia Guimarães, disse que o governo estava ciente da situação. "Se a agência tomar providência para novas vagas, eles [os presos] serão transferidos. Caso não tomem providências, eles irão para a rua".
O prazo para que os atuais detentos saiam da cadeia, seja por transferência ou voltando às ruas, vence neste sábado (5/1). Até lá, a determinação da justiça autoriza que todos os delegados e plantonistas, mesmo em caso de flagrante, soltem imediatamente quem for preso.
É o caso de um traficante, que foi levado até a delegacia nesta sexta-feira (4/1). Ele estava sendo autuado, mas os agentes garantiram: daqui a pouco ele já estaria nas ruas. Até casos mais sérios, como um homem que era suspeito de estuprar uma menina de seis anos e foi levado até a Ciops na quarta-feira (2/1) e não ficou atrás das grades.
Atualmente, 21 pessoas ocupam um espaço destinado a cinco., mas os detentos com menor potencial ofensivo
Além da falta de espaço, outro problema: poucos policiais para vigiar os presos e realizar o atendimento na delegacia. Apenas um plantonista, um escrivão e outros dois agentes estavam no local nesta tarde, além de alguns funcionários da prefeitura. Durante o final de semana, fica ainda pior: apenas um policial de plantão faz a guarda na Ciops.
Ele constatou a precariedade dos prédios e as condições de trabalho dos policiais e agentes penitenciários. "Nós temos que buscar uma solução para que essas celas sejam desativadas. Delegacia não é lugar de preso", frisou o secretário.
Com informações da TV Brasília