Com exceção do Santa Lúcia, as maiores maternidades particulares do Distrito Federal estão normalizando os atendimentos. Em dezembro, o Santa Luzia e a Maternidade Brasília chegaram a fechar as portas para as grávidas por causa do excesso de pacientes e a consequente falta de vagas na unidade de terapia intensiva neonatal. Sem os espaços, os hospitais não podem realizar novos partos. Apesar da regularização na internação, os estabelecimentos continuam sentindo a pressão do aumento na demanda.
A Maternidade Brasília, especializada nos cuidados às mulheres e aos bebês, trabalhava no limite da capacidade até a segunda dezena de dezembro. Precisou parar de receber gestantes nos últimos 10 dias do mês porque chegou à lotação máxima de 14 pacientes na UTI para recém-nascidos. A admissão de novas pacientes ficou intermitente. Só quando vagava um leito é que outra paciente podia ser recebida. Em média, uma mulher que faz parto normal fica um dia internada, enquanto um parto cirúrgico requer dois dias de observação.
O diretor-técnico da unidade, Ricardo Zuma, estima que, por conta da situação, o hospital tenha deixado de fazer entre 40 e 50 cesarianas no período. Médicos que atenderiam as pacientes lá tiveram de buscar outras opções. ;Alguns obstetras foram para o Santa Helena, outros até para o Santa Marta, em Taguatinga. Agora, estamos normalizando o atendimento, mas com receio da possibilidade de fechar novamente porque a demanda continua alta;, afirma o diretor.