O cavalo do grupamento de montaria da Polícia Militar atropelado por um carro na tarde dessa sexta-feira (14/12) ainda corre risco de morte. Duque participava dos trabalhos da corporação com militares no canteiro central da Esplanada dos Ministérios quando se assustou e correu em direção à pista, no Eixo Monumental. Entre vários ferimentos, o animal sofreu um corte na veia jugular, que passa pelo pescoço, e por isso perdeu muito sangue.
Para conter a hemorragia, veterinários da PM foram ao local e prestaram atendimento de urgência. Ainda na rua, Duque recebeu soro e curativos. Ele teve cortes nas patas, no pescoço e perdeu um pedaço da pele, arrancado com a batida. Em seguida, o equino foi levado ao Centro de Medicina Veterinária da Polícia, no Regimento de Polícia Montada (RPMon). Lá, precisou receber entre 8 e 10 litros de sangue de outro animal, feito por uma transfusão de sangue. "O procedimento foi fundamental para a sobrevivência dele", esclareceu o tenente Moscardini, um dos responsáveis pelos cuidados dos cavalos. "Se ele não tivesse chegado ao Centro em torno de uma hora e meia após o atendimento inicial, ele teria morrido, provavelmente".
O tenente explicou que toda a cirurgia e todos os procedimentos foram feitos com o cavalo em pé e sem anestesia geral. "Ele estava com a pressão tão baixa que não aguentaria tomar o anestésico ou ser derrubado", disse Moscardini. "Ainda é cedo para dizer se ele irá se recuperar bem. Há riscos de infecções e inflamações, mas como não teve fraturas, acredito que ele não terá grandes sequelas".
Agora, o animal ficará em observação e será medicado constantemente com antibióticos e anti-inflamatórios. Além disso, a alimentação de Duque será reforçada com suplementos.
Acidente
O sargento Hermes Feitosa, que estava com o animal momentos antes do acidente, contou que vestiu uma capa de chuva e tentou montar novamente. Duque, então, se assustou e saiu em disparada. O motorista que se envolveu na colisão disse que não conseguiu frear a tempo. Ele não se feriu.