Jornal Correio Braziliense

Cidades

Demissão e fundos são soluções para envelhecimento do funcionalismo

As empresas públicas e de economia mista impõem um desafio ao Governo do Distrito Federal (GDF). Em parte desses órgãos, ao longo dos anos, vem sendo registrado o envelhecimento do quadro de servidores, que permanecem em atividade mesmo com idades elevadas para não terem os seus salários reduzidos drasticamente. Regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para as que não possuem planos de previdência complementar, os vencimentos têm como referência o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), cujo teto aos aposentados não passa de R$ 3,6 mil. Hoje, das 10 empresas públicas do DF em atividade, apenas quatro possuem fundos de pensão. As demais registram caso de funcionários com mais de 75 anos ainda na ativa.

Um dos exemplos é a Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan). A empresa, que tem como um dos principais objetivos a produção de pesquisas, tem, hoje, quase 19% do total de servidores acima dos 60 anos de idade (95 de 506), sendo que 11,5% (58) já estão aposentados e continuam trabalhando para não terem redução nos vencimentos. Uma breve análise da folha de pagamento do órgão mostra que muitos funcionários ganham acima de R$ 10 mil e, se pararem de trabalhar, terão uma queda de um terço do valor original. Hoje, a companhia tem um funcionário de 78 anos em atividade.