Jornal Correio Braziliense

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Atleta de 10 anos pode ficar fora de mundial por falta de patrocínio



Mesmo com toda essa vontade e paixão pela arte marcial, Mariana sofre com a falta de apoio. Quando participou do campeonato na Argentina teve que contar com a boa vontade de parentes e colegas. Ganhou as passagens da tia, e conseguiu recursos para cobrir a estadia e os custos de transporte e alimentação com familiares e colegas, que ajudaram até vendendo rifas.

O avô da garota, Luiz Feitoza, fica muito contente por ver o progresso da neta, mas ao mesmo tempo triste por saber que a falta de apoio pode ser um obstáculo para os sonhos de Mariana. "É lamentável a falta de investimento do governo em atletas amadores", diz.

O karatê entrou na vida de Mariana com o projeto Karatê na Escola, criado em 2010. O professor Marcelo Souza, 23 anos, estudante de educação física, dá aulas todos os dias para cerca de 50 alunos e reclama da falta de estrutura. "Aqui a gente trabalha no improviso. A escola cedeu o espaço, mas o material a gente teve que improvisar, porque não tem apoio", relata.

Mariana já serve de inspiração para as outras crianças, que enxergam suas conquistas como um incentivo. Elas querem ter oportunidade como a da colega de escola, que pode viajar pelo mundo competindo. O professor já tentou pedir ajuda da secretaria de Esportes e de Educação para custear a viagem ao Chile, mas ainda não teve respostas. Ele teme que a garota não possa viajar por falta de patrocínio.

Interessados em ajudar podem entrar em contato com o professor Marcelo, pelo telefone 9651-3417, ou com a Escola Classe 31 de Ceilândia, no número 3901-6867.