Jornal Correio Braziliense

Cidades

Tentativa de rapto de bebês expõe falhas na segurança de hospitais do DF

Ontem, em Sobradinho, a reportagem circulou por 3 horas sem ser abordada por funcionários. No Hmib, o rigor é maior. GDF promete ponto eletrônico e pulseiras magnetizadas



A tentativa de sequestro de dois bebês no Hospital Regional de Brazlândia expôs a fragilidade do sistema de segurança de algumas unidades de saúde pública do Distrito Federal. Na tarde de quinta-feira, Luciete Moura dos Santos, 28 anos, conseguiu entrar no hospital usando o crachá de agente comunitária. Ela colocou dois recém-nascidos em uma bolsa e saiu. Acabou presa. Após o episódio, a direção do hospital anunciou o reforço no esquema de segurança (leia mais na página 28). Mas a facilidade que Luciete encontrou para ter acesso à maternidade é a mesma verificada, por exemplo, no Hospital Regional de Sobradinho (HRS), onde a reportagem do Correio ficou ontem por três horas e meia sem ser abordada por nenhum funcionário.

Foi possível entrar e sair duas vezes da unidade pela portaria dos fundos, que dá acesso a setores como a pediatria, as enfermarias e a maternidade. O posto de segurança próximo ao setor de raios X tinha um vigilante, mas o trânsito de pessoas para qualquer ala do hospital estava livre até as 14h. Nesse horário, o portão foi fechado para as visitas aos recém-nascidos. Alguns parentes e amigos eram obrigados a se identificar antes de entrar e, para cada paciente, apenas duas pessoas munidas de crachá estavam autorizadas a entrar.

A dona de casa Jéssica Dantas conta como é fácil entrar no Hospital de Sobradinho
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