O deputado distrital Rôney Nemer presta depoimento na tarde desta terça-feira (18/9) sobre um suposto envolvimento no escândalo da Caixa de Pandora.
O nome de Nemer apareceu em uma conversa interceptada pela Polícia Federal na operação. A conversa envolvia José Roberto Arruda, Durval Barbosa e José Geraldo Maciel (ex-chefe da Casa Civil do DF).
Em depoimento, o deputado negou ter conhecimento de um suposto esquema de distribuição de recursos ilícitos. "Fiquei sabendo pela imprensa e fiquei estarrecido", exclamou Nemer. Disse ainda desconhecer a razão pela qual o nome dele foi citado nas conversas. "Minha relação com Arruda, Durval e Maciel era protocolar e formal. Não sei de motivos para que eles pudessem me prejudicar", completou o deputado.
O deputado disse que havia pessoas com o mesmo nome que ele no governo e que a referência pode ter sido a outra pessoa. Rôney Nemer contou que em em 2006 apoiou Maria Abadia (PSDB) e que durante o governo de Arruda, sempre era convidado para integrar o Executivo.
[SAIBAMAIS]Durval Barbosa, delator da Operação Caixa de Pandora, disse durante a audiência no Tribunal de Justiça do Distrito Fedaral e Territórios (TJDFT) que nunca entregou dinheiro a Nemer e que o único contato que teve com ele foi para empregar um irmão do deputado. "Sempre o tive como exemplo de seriedade, lealdade e religiosidade", ressalta Barbosa.
Durante o depoimento, o delator também afirmou que a partir de 2007, o ex-governador disse a várias pessoas que tinha conquistado o apoio do vice-governador do DF Tadeu Filippelli e do PMDB nacional, ao custo de R$ 1 milhão por mês. "Arruda dizia que se Filippelli tivesse pedido o dobro em troca do apoio, pagaria com o maior prazer", completou Barbosa.