Jornal Correio Braziliense

Cidades

Recadastramento do programa DF Sem Miséria identifica irregularidades

Um recadastramento feito pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Distrito Federal (Sedest) nos programas Bolsa Social e Bolsa Escola, de responsabilidade do GDF, identificou que duas em cada três famílias que recebiam o benefício estavam irregulares. Ou elas não compareceram ao chamamento para se recadastrar ou estavam fora do perfil de renda do Bolsa Família (renda de no máximo R$ 140 por pessoa da família), que passou a ser a base dos programas sociais locais. Do total de 33 mil famílias cadastradas nos dois programas, 10,4 mil não compareceram para o recadastramento e 12 mil não tinham perfil para serem atendidas. "Elas estavam recebendo sem precisar e serão desligadas", resume o titular da Sedest, Daniel Seidel.

Se por um lado a busca ativa que vem sendo realizada desde o ano passado no processo de recadastramento dos programas sociais identificou irregularidades, por outro acabou por incluir pessoas que jamais tinham recebido benefícios sociais do governo. "Temos de comemorar isso. Foram identificadas e incluídas nada menos do que 22.510 novas famílias, muitas delas na linha de extrema pobreza. Elas passarão a receber complementação de renda de nossos programas sociais. Isso reforça a posição defendida pelo governador Agnelo Queiroz de governar para quem precisa de governo", argumentou o secretário durante coletiva há pouco no Palácio do Buriti.



O recadastramento é uma das ações do Plano DF Sem Miséria, lançado pelo GDF no ano passado e que passou a vigorar em fevereiro de 2012. Ele tem como principais objetivos reduzir as desigualdades sociais e superar a extrema pobreza na capital federal. "Mas a nossa intenção não é apenas complementar a renda das famílias, é dar condições para que elas superem a extrema pobreza e consigam se sustentar sozinhas lá no futuro", explica Seidel, lembrando vários programas de qualificação profissional desenvolvidos pelo GDF. De cada 4 das novas famílias incluídas nos programas sociais do GDF, uma delas é do Condomínio Sol Nascente, em Ceilândia. "Confirmamos que aquela é uma área de extrema vulnerabilidade social e precisamos estar atentos a isso", complementou o secretário.