Bastaram nove meses para o Distrito Federal atingir um número recorde de transplantes de coração. Entre janeiro e setembro, 13 pessoas passaram por esse procedimento no Instituto de Cardiologia (ICDF), um dos três hospitais que mais realizam a cirurgia no país. O máximo registrado até então ocorreu no ano passado: nove casos. O panorama também nunca esteve tão bom para quem aguarda um fígado ou um rim. A primeira modalidade voltou a ser realizada na capital e já beneficiou 27 pessoas e a segunda teve 25% de aumento de órgãos implantados em relação a 2011.
As estatísticas cresceram nas 72 horas entre terça e quinta-feira. Os médicos do IC fizeram dois transplantes de coração e três de fígado. A família de um doador de Mato Grosso do Sul proporcionou a nova chance a dois pacientes listados na espera do DF. O coração do homem de 45 anos, morto por um acidente vascular cerebral (AVC), agora bate no peito de uma mulher de 46. Nos últimos dois anos, ela aguardava a sua vez em Goiânia. Recentemente, havia sido transferida para Brasília. Sofria de miocardiopatia dilatada ; o coração não consegue bombear o sangue e, para compensar, o órgão estende-se ainda mais, podendo ocorrer insuficiência cardíaca, arritmias e coágulos.
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