Jornal Correio Braziliense

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Durval diz que Benedito Domingos era escorregadio em conversas

Em depoimento para explicar ligação com o deputado distrital Benedito Domingos, na tarde desta terça-feira (11/9), o delator da Caixa de Pandora Durval Barbosa disse que Benedito pediu que o então secretário de relações institucionais contratasse empresa ligada aos filhos do distrital para prestar serviço para a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

Durval disse que pediu autorização ao então secretário de governo, Benjamin Roriz, para contratar a empresa dos filhos Sérgio, Silas e Cézar. Revelou ainda que arrumou o negócio da ordem de R$ 600 mil. Durval diz que conversou com Benedito "muitas vezes" e que ele se mostrava escorregadio, "como era de sua natureza".

SAIBAMAIS]Durval Barbosa conta que o ex-governador Arruda o teria procurado e dito que, se conseguisse apoio de Benedito, ganharia as eleições no 1; turno. Durval diz que a primeira negociação com o deputado distrital foi de R$ 3 milhões. Depois, a quantia teria aumentado para R$ 4 milhões. "Nas palavras de Márcio Maçado ;o Negão engrossou, agora só aceita se for por 4 milhoes;", disse Durval. Machado era presidente do PSDB-DF. O delator do esquema disse ainda que parte do pagamento a Benedito Domingos "foi feita em dolár, entre 1,5 e 2 milhões". O dinheiro teria sido entregue por intermédio de um dos filhos do distrital.



Durval disse que o pastor Ronaldo Fonseca recebeu R$ 600 mil do esquema por intermédio de Benedito Domingos. O delator revelou que depois de ter negociado o apoio milionário com Benedito, foi orientado por Arruda a apontar todos esforços para eleger Berinaldo Pontes (PP). Segundo Durval, o raciocínio é de que Berinaldo sairia "baratinho, baratinho". Acabou na suplência de Benedito por diferença de 800 votos.

Informações de Lilian Tahan