O aquecido mercado de venda de veículos no Distrito Federal desperta a cobiça de golpistas. Amparados por contratos obscuros, falsos corretores oferecem seguros automotivos sem nenhuma garantia de proteção aos carros. Pelo menos 5 mil pessoas em Brasília são filiadas a 15 entidades sem permissão para exercer a atividade. A fim de dar um ar de legalidade ao negócio fraudulento, operadores do esquema criam associações, cooperativas ou clubes. Depois, contratam profissionais com a missão de recrutar clientes e seduzi-los com propostas tentadoras. As vítimas só descobrem a farsa na hora em que precisam do serviço.
Para aderir ao seguro barato, a pessoa paga uma taxa de adesão, que gira em torno de R$ 250. Depois, é cobrada uma espécie de taxa de administração, que varia de R$ 50 a R$ 100 por mês. Os débitos são feitos por meio de carnê. A maioria não sabe, mas, em caso de acidente com o carro do associado, a despesa com oficina é divida entre todos os membros do grupo. Ou seja, a partir da assinatura da apólice, o integrante da associação torna-se corresponsável por todos os automóveis cadastrados. Assim, num mês, o cooperado paga R$ 50 e, no outro, a parcela pode chegar a R$ 500.