Jornal Correio Braziliense

Cidades

DF disputa com o RJ o posto de segundo maior mercado de malhação do país

Corridas, academias, ciclismo, pilates e artes marciais movimentam quase meio bilhão por ano



A Brasília do Parque da Cidade, do Eixão do Lazer e das caminhadas pelas arborizadas superquadras movimenta um mercado milionário voltado para a cultura do corpo. Com a renda per capita mais alta do país, os brasilienses investem pesado na aparência e no bem-estar. Com base em informações fornecidas por empresários do segmento, o Correio revela que as corridas de rua, as academias, os estúdios de pilates, as aulas de artes marciais e as lojas de bicicletas movimentam por ano pelo menos R$ 420 milhões. Desempenho que, na avalição dos investidores, já levou a capital federal a se aproximar do Rio de Janeiro e caminhar para se firmar como o segundo polo fitness do Brasil, atrás apenas de São Paulo.

[SAIBAMAIS]O Correio inicia hoje a série
;A economia do corpo em Brasília;. Publicadas sempre aos domingos, as reportagens mostrarão a relação quase obsessiva do morador da capital com atividades físicas e como esse fenômeno mexe com a economia local. Os gastos elevados e constantes da população têm atraído investimentos maciços para o universo fitness. Em nome da qualidade de vida ou por pura vaidade, os brasilienses transformaram o exercício em rotina e incluíram itens relacionados à preocupação com a autoimagem no orçamento familiar.

Nos últimos cinco anos, o número de academias no Distrito Federal cresceu 20%, segundo o sindicato do setor. Redes nacionais chegaram à cidade com propostas ousadas e aceleraram a profissionalização do mercado. Estima-se que 5% da população ; um exército de 125 mil pessoas ; esteja matriculada em academias, o dobro da média nacional. ;Daqui para frente, inclusive por conta de Copa do Mundo e das Olimpíadas, os cuidados com atividade física e com o corpo serão ainda maiores;, aposta Diogo Salim, que em menos de um mês inaugura na Asa Sul uma academia-clube orçada em R$ 11 milhões.