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Defensoria Pública está de olho na demora para realização de exames no DF

Há dois anos, Cícero José da Silva, 42 anos, convive com inchaço e dores no joelho direito. O mal-estar começou após o pedreiro ser atingido por uma pedra, enquanto trabalhava. Até hoje, entretanto, ele não sabe a gravidade da lesão: espera na fila da Secretaria de Saúde do DF para realizar uma ressonância magnética. Assim como Cícero, outras 10,5 mil pessoas aguardam uma vaga para realizar o exame. Outras 3,6 mil também esperam respostas do sistema público de saúde para serem submetidas a tomografias. A Defensoria Pública do DF acompanha a situação e já ajuizou duas ações.

Pai de três filhos, Cícero José, além estar impossibilitado de exercer a profissão de pedreiro, parou de receber o benefício do INSS. A suspensão da renda que sustentava a família ocorreu por falta de exames que demonstrem a impossibilidade de realizar esforço físico. ;Procurei um médico assim que a pedra caiu no meu joelho. Ele pediu a ressonância para diagnosticar a gravidade da lesão, mas até hoje não consegui saber o que aconteceu. E se o caso for para fazer cirurgia? Quanto tempo já passou!”, reclama o pedreiro. ;Meu joelho só piora. Ando com dificuldade e já comecei a sentir dor no outro, que está sendo forçado. Me sinto completamente constrangido e desprotegido com toda essa situação;, acrescenta Cícero.