Domingos Augusto Mendonça Moreira poderia ser o nome de um advogado de sucesso, como imaginou o menino paraense. Mas não é. Assim se chama uma figura conhecida (e querida) dos moradores do Lago Sul. Domingos passa os dias no semáforo em frente ao posto de gasolina da QI 7. Vende raquetes de matar mosquito, facas e outros utensílios variados. O sonho de cursar faculdade de direito não passou de plano. Filho de agricultores no Pará, jamais teve a chance de concluir o ensino médio. Gostava de ir à escola, mas se deslocar dava trabalho demais. Um suposto reumatismo não tratado fez com que ele perdesse, aos 4 anos, os movimentos do pescoço, das pernas e dos braços, totalmente atrofiados, assim como o tronco.
Foram meses trancado em um quarto, acamado, longe das ruas, da escola, dos amigos e da luz do dia. Domingos, ainda criança, esperava pela morte. Nem sequer havia médico na cidade. A família se conformou com o que chamou de ;a vontade de Deus;. Depois, veio a cadeira de rodas, que ganhou por caridade. O menino conseguiu sair do quarto. Mas ainda era muito pouco.
Para ajudar
Contatos com Domingos no 9229-0313.
Doações no Bradesco, agência 1616, conta-corrente: 0512677-0