Jornal Correio Braziliense

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Ministério Público apura morte de policial do Bope durante instrução

Para a Promotoria de Justiça Militar, subtenente errou ao se aproximar demais de armadilha montada com um fuzil. O acidente ocorreu no fim da tarde de domingo

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai apurar as circunstâncias da morte do subtenente e instrutor do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Francisco César de Carvalho Delgado, 45 anos. O policial morreu por volta das 18h do último domingo enquanto dava aulas práticas de sobrevivência a participantes do curso de formação, no Centro de Instrução e Adestramento de Brasília (Ciab), nas proximidades de Santa Maria. A suspeita é de que o policial militar tenha pisado em um cordão de tropeço e acionado a armadilha montada por ele mesmo para demonstração de como caçar animais para sobreviver (leia arte). Por enquanto, os indícios levaram a Promotoria de Justiça Militar a acreditar que a morte do subtenente foi uma fatalidade. "A gente vai apurar se houve negligência de alguém para que a arma disparasse, mas tudo está demonstrando que a culpa foi exclusiva do instrutor", disse o promotor Paulo Gomes de Sousa Junior. Antes de ser atingido, Delgado teria feito uma demonstração de tiro com um frango. Ao explicar o funcionamento da arma, o instrutor acabou atingido por disparos de fuzil calibre.556. "Inadvertidamente e fugindo às regras de segurança, ele foi para a frente do armamento expor a situação do efeito dos tiros na caça e, sem querer, pisou no cordão que acionava a arma", explicou.