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Cidades

Trabalho infantil aumenta no DF e em dois estados, aponta relatório da OIT

O Distrito Federal e mais duas Unidades da Federação apresentaram aumento na taxa de trabalhadores infantis entre 10 e 17 anos, mostrou o relatório divulgado nesta quinta-feira (19/7) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além do DF, Rio Grande do Norte e Goiás se destacaram na pesquisa que relaciona dados de 2004 e 2009, por terem mais jovens trabalhando irregularmente.

Nos outros 24 estados, houve redução nos índices durante o mesmo período. Os que mais se destacaram, segundo o levantamento, foram Paraíba, onde o percentual de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade que estavam trabalhando passou de 23,1% para 11,6%, o Pará, que diminui os índices de 25,0% para 14,5% e o Maranhão, com queda de 26,7% para 17,3%.

Em 2009, o nível de ocupação nessa faixa etária ainda era elevado em Tocantins (24,2%), Rondônia (22,0%), Piauí (21,8%), Santa Catarina (21,6%) e Bahia (20,1%), estados que ficaram bastante acima da média nacional (14,8%).




Sobre o número de adolescentes de 14 e 15 anos, o relatório mostra que o Distrito Federal tinha, em 2009 , a maior proporção de aprendizes, com 23%. Em seguida, estão os estados do Espírito Santo (16%), Rio de Janeiro (4,2%) e São Paulo (4,1%).

O resultado geral da pesquisa mostrou que o número de crianças e adolescentes trabalhadores, entre 5 e 17 anos de idade, reduziu 1,05 milhão entre 2004 e 2009, passando de 5,3 milhões para 4,2 milhões; o que representa uma redução de 11,8% para 9,8%.