Nenhuma das 13 pessoas que estavam internadas no leito 19 da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) morreram por alterações nos tubos de oxigênio do local, aponta o Relatório final da Comissão de Avaliação dos Prontuários entregue nesta quarta-feira (18/7) à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
De acordo com o relatório, três pacientes obtiveram boa evolução no estado clínico e receberam alta. Outros oito pacientes tiveram seu estado agravado e morreram, devido a causas variadas, que não têm relação com a alteração no tubo de oxigênio.
O laudo de um paciente apontou que ele tinha asma, o que, segundo o relatório foi determinante para a sua morte. A análise do prontuário da outra paciente concluiu que ela estava com problemas de insuficiência renal, hipotensão arterial, doença pulmonar obstrutiva crônica com infecção pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva descompensada, insuficiência respiratória crônica agudizada, além de ser fumante. Todos os fatores citados foram fundamentais para o não-sucesso na recuperação do quadro clínico da paciente, segundo o relatório.
[SAIBAMAIS]Em abril, quatro médicos e um enfermeiro do HRSM denunciaram que, durante reforma em uma tubulação do leito 19, foi colocado ar comprimido no lugar do oxigênio, o que teria matado 13 pessoas entre julho do ano passado e janeiro deste ano.