Jornal Correio Braziliense

Cidades

Exame de nigeriana não indica abuso sexual, mas não inocenta funcionário

Os exames realizados no Instituto de Medicina Legal (IML) não atestaram abuso sexual por parte do funcionário da embaixada da Nigéria. "O laudo constatou ausência de vestígios de conjunção carnal", afirmou o delegado responsável pelo caso, Wisllei Salomão. A mulher acusa o funcionário, que também é pastor, de cometer agressões e abusos sexuais dentro da residência do embaixador, onde ela morava, de favor.

Apesar de o exame não ter constatado vestígios de que tenha ocorrido o abuso, o delegado esclarece que a análise não é prova conclusiva da inocência do funcionário. O exame foi realizado 18 dias depois da data em que o abuso teria ocorrido, conforme depoimento da mulher. Segundo o delegado, o laudo do IML é totalmente eficaz até quatro dias após a relação.

[SAIBAMAIS]Nesta quarta-feira (18/7), a nigeriana prestou novo depoimento em que confirmou tudo o que já havia declarado. Ela registrou ocorrência de agressão física e estupro contra o funcionário da embaixada na noite do último sábado (14/7).

As agressões físicas já foram confirmadas. Agora, a 10; Delegacia de Polícia (Lago Sul), responsável pelo caso, intimará as pessoas próximas aos envolvidos para prestar depoimento.



O funcionário nigeriano não tem imunidade diplomática e pode ser submetido à ação policial como qualquer outro estrangeiro que more em território brasileiro

A embaixada da Nigéria ainda não se pronunciou sobre o caso.