O representante do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros afirma que irá cortar o ponto dos motoristas e cobradores referente à paralisação da última quinta-feira (5/7). A categoria se mobilizou a favor do aumento salarial e deixou 600 mil pessoas sem ônibus durante 24 horas. Com essa posição, aumenta a possibilidade de uma nova paralização em 5/8, como prometido pelo sindicato dos rodoviários em assembleia nesse domingo (8/7).
[SAIBAMAIS]O presidente do sindicato das empresas, Wagner Canhedo, considera que a paralisação foi desnecessária. "As empresas estavam de acordo com o reajuste e quem estava travando as negociações é o governo do Distrito Federal", diz Canhedo.
Para o diretor-geral do DFTrans, Marco Antônio Campanella, o possível corte do ponto entre os sindicatos deve ser resolvido entre as partes. Se não houver acordo e o serviço ficar prejudicado, o DFTrans deverá intervir. " Caso essa discussão avance e venha a ameaçar o transporte da população, nós tentaremos mediar um acordo entre eles. A população não pode ser prejudicada em decorrência desse imbróglio," afirma o diretor.
Campanella ainda afirmou que será feita uma remodelação no sistema de transporte público do DF. Reunião entre representantes do GDF, DFTrans, e comunidade deve discutir algumas das pautas; entre elas um possível aumento de tarifa nas passagens. Ainda não há previsão para que essa reunião aconteça. Mas Campanella diz que espera definições nesse sentido "o mais rápido possível".
Segundo ele, as empresas irão cumprir o acordo coletivo e liberar os 7,88% de reajuste. Os concessionários cederam após a paralisação de 24 horas dos funcionários, realizada na última quinta-feira.
O vice-presidente do sindicato dos rodoviários, Jorge Farias, informou que mesmo diante da afirmação, motoristas e cobradores vão esperar a folha de pagamento do próximo mês. Caso se confirme o abatimento do dia da paralisação a categoria voltará a cruzar os braços no dia 6/8 (segunda-feira).