Barões do narcotráfico enxergaram em Brasília a oportunidade de multiplicar seus negócios clandestinos. De olho em um público jovem e rico, eles buscam grandes remessas de drogas em países vizinhos ao Brasil e distribuem no Distrito Federal. Ciente da exigência e do poder econômico do consumidor de entorpecentes da capital, traficantes vendem cocaína pura e cobram quase o triplo do preço do pó comum, que traz na sua composição muitas misturas. A fim de atestar a procedência da substância ilícita, os carregamentos são identificados com selos das organizações criminosas.
Em março de 2011, a Polícia Civil apreendeu, na 902 Sul, dois quilos de cocaína tipo ;escama de peixe;, de coloração mais clara e textura diferenciada. Os tabletes chamaram a atenção dos agentes. Dois deles continham uma impressão do cartel de Barranquilla, cidade ao norte da Colômbia mundialmente conhecida por exportar cocaína para praticamente todos os continentes. A coca potencializada foi encontrada dentro de um BMW e abasteceria os viciados da Asa Sul. O responsável pela carga avaliada em mais de R$ 200 mil era Carlos Alberto Dourado Campos, 43 anos, preso em flagrante.