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Vacina contra poliomelite é tomada por 115 mil crianças no Distrito Federal

A primeira dose da vacina contra poliomelite foi tomada hoje por 115 mil crianças de até cinco anos, no Distrito Federal. O número corresponde a 57% da população-alvo, segundo a Secretaria de Saúde do DF. Quem perdeu o primeiro dia da campanha de vacinação contra poliomelite deve se dirigir a qualquer centro de saúde, no horário das 8h às 17h, para imunização. O Ministério da Saúde enviou ao DF cerca de 300 mil doses da vacina oral e a campanha nacional segue até 6 de julho.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a meta deste ano é imunizar 192 mil meninos e meninas de Brasília na primeira etapa, o equivalente a 95% da população alvo. Cerca de 309 pontos, entre shoppings, centros de saúde, igrejas, escolas e supermercados, e 2.567 profissionais de saúde participaram do Dia D contra a paralisia infantil.
No ano passado, 178 mil crianças foram imunizadas na primeira fase da campanha ; 91% da meta estipulada pelo Ministério da Saúde para o DF. "Pretendemos repetir esse resultado. Contamos com a colaboração dos pais e familiares", afirmou a diretora da Vigilância Epidemiológica da SES-DF, Sonia Maria Geraldes.
A abertura da vacinação contra paralisia infantil no DF ocorreu no Centro de Saúde n; 8, na 514 Sul, e contou com a presença do mascote da campanha, o Zé Gotinha, e sua turma. Mas nem a presença dos bonecos evitou o choro de algumas crianças na hora da imunização. O pequeno Davi Alves de Matos, 2 anos, precisou ser acalentado pelo pai, Edmilson Ferreira, 32. "É a terceira vez que ele vacina e, geralmente, não chora. Deve estar assustado, mas deu tudo certo", afirmou.
Gabriela Fernandes, 3 anos, passou pelo processo sem complicação. "É bom o gosto da gotinha", disse. "Conversamos bastante com ela sobre a importância da gotinha para a saúde. Todos os anos, levamos a Gabriela para vacinar perto de casa, no Cruzeiro, mas este ano ficamos sabendo que o Zé Gotinha estaria na Asa Sul e decidimos trazê-la para conhecer o boneco", contou a mãe, Cristine Fernandes.
Alerta
Os pais devem estar atentos quanto à saúde dos filhos pois crianças com o quadro de infecções agudas e febre acima de 38;C, com imunodepressão congênita ou adquirida (como Aids), ou que estejam se submetendo a quimioterapia e apresente alergia grave a um dos componentes da vacina não devem ser imunizadas.
O último caso da doença no DF foi registrado em 1987. No entanto, não é descartada a possibilidade de o vírus voltar a infectar a população devido os surtos de contaminação que ocorrem em outros países, tais como Índia, Paquistão e Afeganistão. "As pessoas não moram em ilhas, elas viajam e assim carregam o vírus de um lado para outro, por isso a importância em continuar com a imunização. Em agosto, vamos iniciar uma forma mais segura de vacinar as crianças", ressaltou Sonia Geraldes.