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Mãe que atirou bebê de três meses contra o portão vai a júri popular

O julgamento será nesta quarta-feira (13/6), a partir das 8h30, no Tribunal do Júri do Paranoá. A mulher atirou o filho contra o portão da casa do ex-marido, na quadra 1, conjunto E, do Setor Fazendinha no Itapoã, em abril do ano passado.



De acordo com a Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) da Polícia Militar, Alenícia Fernandes da Silva, de 20 anos, já tinha passagens na polícia por lesão corporal grave, após cortar com uma faca o pênis do ex-companheiro, o auxiliar de pedreiro Raimundo Nonato da Silva Pereira, de 24 anos.

Segundo o próprio ex-marido, Alenícia apareceu em sua casa e antes mesmo de dizer o motivo de ter ido ao local jogou a criança contra o portão. "Não sei o que estava acontecendo. Ela foi até a porta e jogou nosso filho", explica. O bebê sofreu lesões leves, mas a acusada vai ser julgada por tentativa de homicídio por motivo torpe, já que ela assumiu o risco de matar a criança de apenas três meses.

Segundo informações do TJDF, testemunhas afirmaram que Alenícia estava com cheiro de bebida alcóolica no dia do crime.

No início do caso, a defensoria pública quis comprovar a insanidade mental de Alenícia, mas, de acordo com a advogada atual, Valdete Pereira da Silva Araújo de Miranda, os exames concluíram que ela é uma pessoa equilibrada. Valdete afirmou que vai provar ao júri que a mãe não jogou o bebê no portão. "O fato não ocorreu", diz.

Relacionamento conturbado

Raimundo Nonato e Alenícia da Silva viveram juntos por um ano e seis meses. De acordo com o ex-marido, durante o período ela nunca tinha feito ameaças. "Nós brigávamos muito, mas nunca tinha acontecido nada desse tipo. Foram as discussões que fizeram a gente se separar", diz ele.

O relacionamento, nasceu o menino de três meses que acabou sendo agredido pela mãe. Atualmente, Alenísia vive com outro companheiro. "Não tenho do que reclamar dele, mas já dela...", comenta.

Na semana passada, a mulher cortou o pênis do ex-marido com uma faca. Raimundo afirma que a agressão aconteceu enquanto ele dormia: "Eu tinha ido visitar meu filho e peguei no sono. Quando acordei ela já estava cortando meu pênis". O auxiliar de pedreiro disse que conseguiu fazer a reconstituição do órgão após a agressão.